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4.5.08

Quando o "sucesso" sobre à cabeça

O Brasil é um país interessante. Por aqui, o que não falta é "celebridade de final de semana": aquelas pessoas que, menos por mérito próprio do que por sua habilidade de estar no lugar certo assim que os cliques são disparados e as máquinas ligadas, ascendem na "vida pública", chegando a atingir o status de super-stars.

Um caso notável é dos "brothers" da nave mãe (segundo o poeta contemporâneo Pedro Bial) do Big Brother Brasil. São pessoas desconhecidas do grande público (apesar de muitas - quase todas, na verdade - já terem assumidos papéis de coadjuvantes do cotidiano corrido das massas), que de uma hora para outra tornam-se xodós da nação, viram febre nacional, e que com a mesma velocidade somem, se extingüem, até caírem por completo no ostracismo do total esquecimento (para quem diga que estou errado, lanço um desafio: você consegue dizer o nome de ao menos um integrante do BBB7 que ainda faça sucesso - é evidente que por "sucesso" não me refiro simplesmente a aparecer na mídia, como no caso da irritante Íris Stefanelli; quem, obviamente, se manteve à frente de um programa em uma emissora concorrente da Globo não por sua habilidade como hostess, nem por seu carisma e desenvoltura, mas sim pelo simples fato de ter, num momento do passado, sido um "global").

Um caso que pipocou na mídia recentemente é o que envolveu a ex-brother Jaqueline Khury (ex-BBB8, que teve uma participação inesquecível, foi eliminada no primeiro paredão do programa e fez mais sucesso pelas fotos peladas que começou a tirar dali em diante).

Denunciada pela AmBev, a Kaiser tirou do ar um comercial com a modelo depois de recomendação do Conar alertando que ela é menor de 25 anos -idade mínima exigida para que uma pessoa participe de comercial de bebida alcoólica. A cervejaria afirma que Jaqueline apresentou xerox da carteira de habilitação autenticada com o ano de nascimento de 1982.

A data correta seria 1984, segundo Leila, mãe da ex-”BBB”, e o advogado dela, Erico Duarte. Quem falsifica documentos públicos está sujeito a processo cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão.

O advogado de Jaqueline diz que ela “entregou o documento original. De onde vem esta cópia, quem tem que explicar é a agência de propaganda”. A Fisher América diz que a cópia foi entregue pela agência de modelos Mega. “Não sabíamos que o documento era falso. Ela [Jaqueline] foi enxotada da agência”, diz Eli Hadid, da Mega.


Colaborou com este post: Folha de S. Paulo - Coluna M. Bérgamo

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