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18.11.04

Olhos Abertos

Olhares. Um leve aceno. Um sorriso. Correspondido. Aproximam-se. Sem palavras. Se conhecem? De vista. Um toque. Mão na mão. Ele aperta de leve. Ela sente o carinho. Colados. Corpos. Olhos fixos. Um no outro. O oceano azul brilha com a beleza do castanho. Não se separam. Outro sorriso. Rostos em movimento. Rostos próximos. Rostos de bocas desejosas. Lábios rosados. Entreabertos. Um toque. Explosão! Mundos que colidem. Universos que se unem. Um beijo... Longo. Tenro. Demorado. Que vale por si só. Que faz sumir a realidade. Olhos fechados. O oceano azul se entrega ao desbravador. Sente no peito um calor. Vê o coração acelerar. Pulsar. Pulsante! Forte! TUM TUM TUM TUM TUM! Correria. Suspiros intercalados. Entrecortados. Aspirados. Um beijo. Talvez eterno. Terreno. Profano. Celestial. Trombetas soam aos ouvidos. Clichê? Mas a pura verdade... Olhos que se abraçam. O oceano e o castanho. Um se entrega. Mas... O outro não. Por quê? Quem há de saber? Não há razão. Bocas se tocam. Línguas úmidas. Lépidas. Ávidas. Tudo como deveria ser. Exceto pelos olhos. Os azuis fechados. Entregues. Os castanhos abertos. Incrédulos. Não se fecham. Ficam presos à realidade. Não se rendem à sensação. Não se desprendem daquilo que vêem. E abertos permanecem. Até que as bocas se separam. E cessam os suspiros. Acaba o calor. Passa o desejo. E tudo volta ao quase normal de instantes atrás. Quando só o que tinham em comum era a vondade. Os olhares. E um par de olhos abertos.
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