Sobre a futilidade humana
Mesmo não sendo antropólogo, às vezes me pego observando a famigerada raça humana. No correr dessa semana, uma dessas observações me levou a uma constatação: como o ser humano é fútil!
Assistimos uma palestra com o jornalista e âncora do Jornal da Globo, Wiliam Waack, sobre a conjuntura políticas e econômicas no Brasil. Até aí tudo bem. Uma explanação convicta, amparada pelo conteúdo comum a quem realmente entende daquilo que fala, sob a forma de um “diálogo informal” entre o convidado e a platéia. Deixando à parte a qualidade da palestra, o fato que me surpreendeu aconteceu depois: após o término do cerimonial, um bom número dos estudantes presentes (afinal de contas, o evento aconteceu dentro da Universidade – fato que explica a predominância destas estranhas formas de vida chamadas de “estudantes”) foi até o palco para tirar fotos do (e com o) jornalista. Quando vi a arrevoada de flashes cuspidos por máquinas fotográficas insanas, deparei-me com um pensamento: “Coméquepóde?” (no bom dialeto catarinês!).
De alguma forma, o que me indignou foi a certeza palpável de que a maior parte daquelas pessoas que lá estavam, dispostas a sacar uma foto do ilustre convidado, estavam ali não por gostarem ou por quererem mais informações sobre o assunto. A grande maioria estava ali simplesmente porque queriam uma foto com o “apresentador do Jornal da Globo”. Podia-se ser em vários rostos a expressão “Meu! Eu vou tirar uma foto com ele e vou poder dizer pra todo mundo que tenho uma foto junto com o cara daquele jornal da Globo”.
Seria esse um comportamento natural? Pode até ser. Mas, sem dúvida, essa é uma prova de que o ser humano é uma raça pífia, frívola e, por muitas vezes, superficial. Porque o que ficou no ar foi a impressão de que “o que vem de fora é bom simplesmente porque é de fora”.
Será que os estudantes do Rio ou de São Paulo, acostumado a ver as figuras públicas caminhando em ruas, shoppings e calçadões, teriam a mesma atitude? Fica a dúvida.
Assistimos uma palestra com o jornalista e âncora do Jornal da Globo, Wiliam Waack, sobre a conjuntura políticas e econômicas no Brasil. Até aí tudo bem. Uma explanação convicta, amparada pelo conteúdo comum a quem realmente entende daquilo que fala, sob a forma de um “diálogo informal” entre o convidado e a platéia. Deixando à parte a qualidade da palestra, o fato que me surpreendeu aconteceu depois: após o término do cerimonial, um bom número dos estudantes presentes (afinal de contas, o evento aconteceu dentro da Universidade – fato que explica a predominância destas estranhas formas de vida chamadas de “estudantes”) foi até o palco para tirar fotos do (e com o) jornalista. Quando vi a arrevoada de flashes cuspidos por máquinas fotográficas insanas, deparei-me com um pensamento: “Coméquepóde?” (no bom dialeto catarinês!).
De alguma forma, o que me indignou foi a certeza palpável de que a maior parte daquelas pessoas que lá estavam, dispostas a sacar uma foto do ilustre convidado, estavam ali não por gostarem ou por quererem mais informações sobre o assunto. A grande maioria estava ali simplesmente porque queriam uma foto com o “apresentador do Jornal da Globo”. Podia-se ser em vários rostos a expressão “Meu! Eu vou tirar uma foto com ele e vou poder dizer pra todo mundo que tenho uma foto junto com o cara daquele jornal da Globo”.
Seria esse um comportamento natural? Pode até ser. Mas, sem dúvida, essa é uma prova de que o ser humano é uma raça pífia, frívola e, por muitas vezes, superficial. Porque o que ficou no ar foi a impressão de que “o que vem de fora é bom simplesmente porque é de fora”.
Será que os estudantes do Rio ou de São Paulo, acostumado a ver as figuras públicas caminhando em ruas, shoppings e calçadões, teriam a mesma atitude? Fica a dúvida.
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