Reclama, Velha Senhora!
Reclama! Reclama!
minha Velha Senhora,
que do alto de tua existência
teu nome é sofrimento
e tua voz se queixa
À bengala, tua única confidente,
onde tuas costas arcadas
assentam o peso do tempo,
enquanto em amargura teu sentimento
Reclama! Reclama!
Do joelho com a rótula partida,
do espaço ao qual não pertences,
de todos que não são como tu
E por isso não vêem que tens razão:
pois tuas noites não são de sono,
porque teus dias se arrastam atrozes
e as tardes são todas iguais.
Quando, porém, conheceres o fim,
minha Velha Senhora,
lembra-te deste conselho:
Reclama! Reclama!
com todas tuas forças,
Com toda vontade
Reclama! Reclama!
de tudo, de todos,
de cada dia que vives,
de mais um minuto em que
ainda não morres.
Mas nesse fim,
minha Velha Senhora,
não busca consolo
na dor que te definha o corpo
e arrebata o coração
Porque, de tão bem que a conheces,
a chamas pelo nome
e ela responde solícita:
"Olá! Meu nome é Solidão!"
minha Velha Senhora,
que do alto de tua existência
teu nome é sofrimento
e tua voz se queixa
À bengala, tua única confidente,
onde tuas costas arcadas
assentam o peso do tempo,
enquanto em amargura teu sentimento
Reclama! Reclama!
Do joelho com a rótula partida,
do espaço ao qual não pertences,
de todos que não são como tu
E por isso não vêem que tens razão:
pois tuas noites não são de sono,
porque teus dias se arrastam atrozes
e as tardes são todas iguais.
Quando, porém, conheceres o fim,
minha Velha Senhora,
lembra-te deste conselho:
Reclama! Reclama!
com todas tuas forças,
Com toda vontade
Reclama! Reclama!
de tudo, de todos,
de cada dia que vives,
de mais um minuto em que
ainda não morres.
Mas nesse fim,
minha Velha Senhora,
não busca consolo
na dor que te definha o corpo
e arrebata o coração
Porque, de tão bem que a conheces,
a chamas pelo nome
e ela responde solícita:
"Olá! Meu nome é Solidão!"
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