Poeticismo
Dispo-me dos trejeitos
Que recobrem meu rosto
Das formas que contornam
Meus atos e das mortalhas
Que tolhem a límpida liberdade
De meu pensamento.
Perdido na noite
Junto a tudo aquilo que
Pertence às sombras
Me recolho no abrigo oculto
Observando, analisando, vivendo
Entregando-me a uma sensação
A que os poetas poderiam
Tão bem conhecer.
Poderia ser à noite
Ou talvez no mágico instante
De indecisão que antecede um beijo
Poderia nunca ser
Deixando o gosto de uma
Realização perdida nas asas
Do esquecimento
Poderiam ser tudo isso
E até um pouco mais
Em minha boca fica o gosto
Apagado daquele beijo
Que a noite envelheceu nos lábios
De um amor jamais encontrado.
Sinto o peso dessas palavras
Que se somam aos montes,
Indo de cá pra lá e de lá pra cá,
Nessa dança sem sentido,
Sintomática e extensa.
O que sou, afinal?
Com certeza uma nada.
Mas um nada apaixonado,
Que ama, acima de tudo!
Que recobrem meu rosto
Das formas que contornam
Meus atos e das mortalhas
Que tolhem a límpida liberdade
De meu pensamento.
Perdido na noite
Junto a tudo aquilo que
Pertence às sombras
Me recolho no abrigo oculto
Observando, analisando, vivendo
Entregando-me a uma sensação
A que os poetas poderiam
Tão bem conhecer.
Poderia ser à noite
Ou talvez no mágico instante
De indecisão que antecede um beijo
Poderia nunca ser
Deixando o gosto de uma
Realização perdida nas asas
Do esquecimento
Poderiam ser tudo isso
E até um pouco mais
Em minha boca fica o gosto
Apagado daquele beijo
Que a noite envelheceu nos lábios
De um amor jamais encontrado.
Sinto o peso dessas palavras
Que se somam aos montes,
Indo de cá pra lá e de lá pra cá,
Nessa dança sem sentido,
Sintomática e extensa.
O que sou, afinal?
Com certeza uma nada.
Mas um nada apaixonado,
Que ama, acima de tudo!
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