Incerteza
Em soturna boca donde os olhos dormem
Pela terra livre a correr o pensamento
Enquanto almas choram e entre si concorrem
A atenção de teu olhar - breve lamento.
Sozinha, alta madrugada, o estender da mão
Alçando carinho trôpego busca o rosto meu
"Verdade!" - ao te ver resta falsa impressão
Por tão verdadeiro se disfarçar carinho teu.
Mas ao fremir tua carne expõe tal incerteza
Que inútil exige da mão trêmula firmeza
Maior que a no fundo d´alma a ti revela:
Banhada de impáfia, tão atroz, nada singela
És fruto da sombra, enfim, no escuro te criaste
e com ardor, meu doce amor, tu me mataste.
Pela terra livre a correr o pensamento
Enquanto almas choram e entre si concorrem
A atenção de teu olhar - breve lamento.
Sozinha, alta madrugada, o estender da mão
Alçando carinho trôpego busca o rosto meu
"Verdade!" - ao te ver resta falsa impressão
Por tão verdadeiro se disfarçar carinho teu.
Mas ao fremir tua carne expõe tal incerteza
Que inútil exige da mão trêmula firmeza
Maior que a no fundo d´alma a ti revela:
Banhada de impáfia, tão atroz, nada singela
És fruto da sombra, enfim, no escuro te criaste
e com ardor, meu doce amor, tu me mataste.
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