Na noite dessa sexta-feira eu tive um surpresa que me fez ganhar o dia!
Aliás, acho que não só o dia.
Essa surpresa me fez ganhar o dia, a noite, as tardes, vários meses, muitos anos, talvez até parte de toda uma vida.
Quando ceguei na casa de mamãe, ela me disse que os Correios tinham levado algo para mim.
Ao ver o que era, deparei com essa surpresa.
É verdade, meus amigos: havia um envelope pardo com meu nome escrito nele.
Do lado de fora, no canto superior esquerdo, a identificação de quem me o havia enviado: "Fundação José Saramago". Ao ver essa indicação, já soube de que se tratava.
Mal contendo a empolgação, abri-o.
E ali dentro daquele envelope acolchoado (seu interior era todo forrado com plástico-bolha. Nunca tinha visto dessa tecnologia por aqui) foi que o encontrei:
Meu exemplar de "Ensaio Sobre a Cegueira", do escritor português José Saramago: o mesmo livro que, lá nos idos dias de março, eu enviei para Lisboa, aos cuidados da agora colega Rita Pais, juntamente com um pedido encarecido para que ela levasse esse livro ao encontro do próprio Saramago, para que ele o autografasse.
Virei a capa com pressa, mal acreditando naquilo que meus olhos ainda não viam. Mas eu tinha certeza que estava ali, em algum lugar.
E, de fato, lá estava. Na segunda página, na folha de rosto da obra: um dizer simples, apenas 6 palavras e uma data. Uma dedicatória que, de tão singela, pode não transmitir às pessoas toda a importância e todos os significados que carrega consigo; mas que, para mim, vale muito!
("Para Diego Vital, cordialmente, José Saramago. 30.VI.2009")
Agora eu já tenho um autógrafo do Saramago, algo que desejei por muito tempo.
O que isso vai mudar em minha vida?
Provavelmente nada.
Mas pode ter certeza que esse provável nada já me vale tudo!
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