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7.5.06

A pergunta que não quer calar: existe "arte" publicitária?

Muitos afirmam de forma convicta que publicidade não tem nada a ver com arte, pois, enquanto a primeira tem fins sobretudo comerciais, a segunda se caracteriza por ser uma forma de expressão ligada unicamente às concepções pessoais de cada artista. Pessoas do meio, leigos, professores, estudantes, amantes da fina arte, simpatizantes da publicidade: essa concepção encontra seguidores de todas as vertentes. Mas será essa afirmação realmente verdadeira?

Certamente não devemos cometer o erro primário de comparar ambas as áres de forma direta. Porque existe sim essa leve diferença entre a "arte pela arte" e a "arte dirigida": enquanto a atividade publicitária obedece a fins específicos, encontrando novas formas de atingir o objetivo ao qual se destina, a arte em si é livre de limites e barreiras, ficando sujeita simplesmente aos sentimentos, idéias, inspirações e ao talento dos artistas.

Ainda assim, será que todo o trabalho que os criativos de uma agência têm para criar peças que consigam transmitir uma mensagem contundente de forma precisa não pode ser considerado um tipo de arte? Afinal, esses criativos, em seus insights, também estão sujeitos às suas próprias idéias, e o sucesso de suas "obras" depende de forma direta das inspirações que guiam suas mentes no momento da criação.

É certo que esta discussão é apenas mais uma das tantas que envolvem o universo da comunicação de massa, angariando defensores de todos os pontos de vista e provocando acalorados bate-bocas. Ainda assim, vale aqui um último comentário: depois de assistir este comercial da Heineken, será que alguém ainda poderá afirmar de forma categórica não tratar-se ele, além de uma peça publicitária, de uma magnífica obra de arte???

- P.S.: Caso não falhe a memória, este vídeo é de 2005. Se alguém puder fornecer maiores informações sobre ele, toda contribuição será muito bem-vinda! -

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