Carlos Gardel: uma lenda portenha

Carlos Gardel, nascido Charles Romuald Gardés, emigrou da França para Buenos Aires com sua mãe quando tinha apenas 2 anos de idade.
E foi crescendo em meio aos ares portenhos que Gardel se transformou num ícone da cultura argentina.

Hoje, tango e Gardel são dois termos indissociáveis, praticamente sinônimos um do outro. Cantor, compositor, intérprete e ator de grandes sucessos, "el Zorzal Criollo" - como era conhecido - uniu em suas criações a sensualidade portenha ao romantismo lírico de sua época, transformando um ritmo a princípio ligado apenas aos "inferninhos" da periferia de Buenos Aires em um patrimônio cultural admirado em todas as partes do mundo.
Dentre suas canções mais famosas estão: "Mi Buenos Aires Querido", "Por una Cabeza" (tema instrumental de filmes como "True Lies" e "Perfume de Mulher"), "El dia que me Quieras", "Volver", "Caminito" e "La Cumparsita".

Sua morte prematura no dia 24 de junho de 1935 (num acidente aéreo, em Medellín - Colômbia), aos 44 anos de idade, deixou um vazio nos corações dos milhões de fãs ao redor do mundo que se deixavam envolver por suas letras melodiosas e seu timbre cativante.
Mas, ao contrário do que se possa imaginar, o calar de sua voz e o fim de seus versos cadenciados não fizeram Gardel cair no esquecimento. Sua passagem pela vida, mesmo que rápida, foi suficientemente longa para transformá-lo num mito.

Sensualidade, paixão, boemia, romantismo, amor, estilo, elegância... assim é o tango que Gardel apresentou ao mundo.
"El Morocho del Abasto", "El Zorzal Criollo", "El Rey del Tango", um artista de apelidos diversos, um mito de talento incomparável... esse é Carlos Gardel, a lenda que o mundo aprendeu a admirar.

Ele conseguiu!

Tem gente que acha inútil acreditar nos sonhos mais impossíveis e lutar para que eles se realizem. Felizmente a cada momento somos surpreendidos por uma série de acontecimentos que nos provam exatamente o contrário.
O caso mais recente é o de Chuck Lamb, também conhecido como "Dead Body Guy" - um americano cujo maior sonho era fazer papel de morto em um filme e que, para tornar esse sonho realidade, criou um site no qual postava várias fotos suas "posando" de morto. Lembram-se dele??? (clique aqui para ver o post original completo)
Chuck, através de seu site, conseguiu realizar o sonho tão desejado! Ele foi convidado a participar do filme "Horrorween", previsto para estrear no Halloween de 2007. Ele fará o papel de um bem-sucedido empresário, dono do CHINDOWS (uma versão chinesa do Microsoft Windows).

Mesmo que Horrorween não vença o Oscar, Chuck Lamb - ou "Dead Body Guy", como ficou (inter)nacionalmente conhecido - já ganhou um prêmio incomparável: a realização de seu maior sonho!

BOA SORTE Chuck!!

(EXCLUSIVO: Clique aqui para ver o filme "Pop Rocks & Coca-Cola", primeiro vídeo de Chuck Lamb)
(Sala de imprensa: saiba um pouco mais sobre a participação de DBG em seu primeiro filme "oficial". CLICA!)

Futebol "Brazilian style": a amarelinha muito bem cotada até mesmo fora dos gramados.

Bairrismo à parte, não é surpresa que no cenário esportivo mundial a Seleção Brasileira de futebol seja cotada como uma das melhores equipes, favoritíssima para a conquista do hexacampeonato este ano, na Alemanha. Por motivos que vão desde o título de melhor jogador do mundo conquistado pelo 2º ano consecutivo por Ronaldinho Gaúcho, até o currículo de vitórias e consquistas que a Seleção Canarinho escreveu ao longo dos anos, é fato que nosso futebol é admirado (e um pouquinho temido, vai...) em todos os cantos do mundo.

Pois não é que agora essa admiração e esse respeito ultrapassaram o limite das 4 linhas? A Nike - com excelente visão mercadológica e apurado senso de adequação à oportunidade, como lhe é de costume -, aproveitando o ano de Copa do Mundo, adotou em sua nova linha de comunicação um direcionamento voltado para o futebol. Na nova campanha viral que a empresa está lançando, o futebol da seleção brasileira é usado como um exemplo a ser seguido para que o esporte fique mais alegre, bonito, justo e com menos racismo e violência.

Essa campanha conta com 08 filmes, que serão lançados gradativamente até julho, no final da Copa. Todos os filmes - assim como as demais manifestações da marca - trarão como assinatura o slogan "Joga Bonito" - assim em português mesmo. No primeiro dos filmes, o francês Eric Cantona invade um estúdio onde um programa no estilo "mesa redonda" está sendo apresentado, toma o lugar dos apresentadores e conclama os telespectadores a se unirem em prol do movimento "Joga Bonito", da beleza e do "fair play" no esporte.

Para ajudar a disseminar os vídeos a Box1824 / Live, uma agência brasileira de Buzz marketing, criou um site onde hospedará todos os filmes da campanha, liberando-os com alguns dias de antecipação em relação à veiculação na mídia de massa.
Vale a pena conferir o 1º e aguardar os próximos vídeos!

Fonte: Publicidade de Saia

- P.S.: O orgulho de ver um de nossos maiores patrimônios sendo utilizado como modelo, sem dúvida alguma, é imenso. Tão grande quanto este orgulho, no entanto, é o receio de ver essa "homenagem" subir à cabeça de nossos atletas. Até mesmo porque não há novidade alguma no fato que o primeiro adversário a enfrentar o Brasil é - e sempre foi - o estrelismo que acompanha muitos de seus jogadores...
Até a Alemanha só nos resta torcer!
PRA FRENTE BRASIL!!! (agora com o novo uniforme - finalmente uma camisa personalizada, igual à de nenhuma outra seleção, mas que mantém o peso, a classe e a elegância do escudo com 5 estrelas) -

Um Doce Perfume

Entreter, distrair, comover, emocionar... são várias as lacunas que a arte cinematográfica procura preencher. E, desde que o cinema nasceu, poucos filmes conseguiram preencher esse espaço de forma tão sublime e perfeita quanto "Perfume de Mulher" o fez.

Refilmagem (da obra de Dino Risi) produzida em 1992, Perfume de Mulher conta a história da amizade entre o Ten. Cel. Frank Slade (Al Pacino), um militar que ficou cego, e o jovem estudante Charlie Simms (Chris O`Donnel). Precisando de dinheiro para visitar os pais, Charlie é contratado pelo Tenente para ser sua companhia enquanto sua sobrinha viaja. Slade arrasta seu "pupilo" para Nova York, onde pretende passar um final de semana inesquecível e aproveitar cada minuto da sua vida antes de tirar sua própria vida. Durante essa viagem, a amizade criada entre os dois aos poucos vai permitindo que o sisudo militar esqueça, mesmo por alguns momentos, sua amarga infelicidade.

Um drama de essência, Perfume de Mulher explora com maestria temas como solidão, esperança e amizade. A narrativa desenvolta e os personagens bem construídos, profundos - sem no entanto tornarem-se maçantes -, ajudam a criar um clima cativante, capaz de prender a atenção e a emoção do público do começo ao fim de seus 156 minutos de duração.

Há, contudo, 2 pontos que merecem especial atenção no conjunto da obra:

O primeiro, sem sombra de dúvida, é a magistral atuação de Al Pacino - a qual merecidamente lhe rendeu um Oscar de Melhor Ator. No papel do Tenente, Pacino transmite todo o ressentimento e a amargura de alguém que, não obstante a perda da visão, deixa-se dominar também por uma triste "cegueira de sentimentos".

O segundo ponto é a trilha sonora. Eternos clássicos de beleza indiscutível, como o sensual tango "Por una Cabeza", de Carlos Gardel, deixam de fazer parte do pano de fundo e passam a contracenar ao lado de Pacino como personagens principais nas cenas mais memoráveis e emocionantes do filme (a exemplo: o tango que o Tenente dança em um restaurante, numa das principais cenas da película - sensual, apaixonado, sutil, poético, sublime... inesquecível!).

Se algo mais de relevante ainda tivesse que ser dito sobre esta obra, seria simplesmente que Perfume de Mulher é, acima de tudo, uma obra criada não para ser discutida, mas para ser sentida...

Assim como os melhores perfumes.

* Clique aqui para ver a Ficha Técnica do filme.

Manifesto contra mim mesmo!

"Chega!
A partir deste momento fica decretado que eu deixo de ser essa pessoa apática, lamentável e platonicamente tola que sempre fui!
Cansei de tentar vencer todos os dias as mesmas fraquezas que de mim tomam conta. Não aguento mais passar da mais sublime felicidade ao mais lânguido pesar assim em questão de segundos simplesmente porque os problemas são maiores do que minha capcidade de resolvê-los!
De agora em diante, não sou mais eu mesmo!
Dessa forma, passo a odiar-me com todo o ardor que em meu coração pode existir, da mesma forma como se fosse eu mesmo o maior de meus inimigos, na simples intenção de, através da negativa de mim mesmo - transformando-me em vil objeto inclusive para meus propósitos -, transformar-me em outra pessoa - ou, no mínimo, em algo bem diferente disso que sou."

Infelizmente não é assim tão fácil mudar aquilo que somos, por maior que seja a nossa vontade. Quem tiver uma resposta para como fazer essa transição, por favor, me indique. Enquanto isso, eu desisto de lutar e passo a viver num completo ostracismo de mim mesmo...

Um evento de dimensões titânicas (a menina dos olhos do mercado publicitário norte-americano!)

Além de ser um dos maiores eventos esportivos do mundo (ficando atrás apenas da Copa do Mundo e das Olimpíadas), o SuperBowl (a final do campeonato estadounidense de futebol americano - esporte que a cada dia ganha mais adeptos ao redor do mundo, inclusive aqui no Brasil*) é também um fênomeno no que diz respeito às cifras que o cercam. Com um dos intervalos comerciais mais caros do planeta (alguns dos anúncios transmitidos durante o jogo custaram a "bagatela" de mais de USD 2.000.000,00 - DOIS MILHÕES DE DÓLARES!!!), a 40ª edição do evento teve nos comerciais, como já se esperava, uma de suas grandes atrações.
Toda a badalação e o agito que o SuperBowl provoca no mercado publicitário é justificada: a visibilidade dos comerciais exibidos durante a transmissão do jogo atinge a casa das centenas de milhões de telespectadores!!!
Some-se a isso, ainda, a constante primazia pela criatividade nos trabalhos desenvolvidos pelas agências dos anunciantes e pronto: temos a receita de ouro para transformar um grande evento esportivo também em um fenômeno de marketing/publicidade de proporções gigantescas.

Os filmes exibidos no SuperBowl XL podem ser vistos na seção especial do iFilm. Vale a pena conferir estas pérolas para compreender a razão de toda essa badalação (vale lembrar que, a exemplo de outras edições, neste ano o jornal USA Today fez o seu tradicional Ad Meter, com um ranking dos melhores comerciais da noite. "Hidden Fridge", da Budweiser, e "Caveman", da FedEx estão, com muito mérito, entre os mais votados).

* Exemplo disso é o time do Brusque Admirals (antigo Paysandu Admirals), da cidade de Brusque/SC, que vai, com muito suor e esforço, consolidando a prática do futebol jogado com as mãos na terra dos craques com a bola nos pés.

Entre a Ciência e a Arte

"O homem satisfaz seu desejo de conhecimento de 2 maneiras: 1) observa o meio ambiente e tenta organizar o desconhcido de uma maneira sensata e significativa ( isso é Ciência); ou 2) ele reorganiza o meio conhecido a fim de criar algo novo (isso é Arte)."

(Pavel Semenov)

A virtude de se auto-machucar

Nada exige tanta habilidade e aptidão quanto a capacidade de se auto-machucar - ou, mais popularmente falando, de se machucar sozinho.
Machucar-se, de tão banal, não chega a ser surpreendente. Auto-machucar-se, no entanto, além de incomum, é algo sublime.

Temos, como exemplo, o caso de Xerxes Apolinário da Silva - nome fictício que, neste relato, será simplificado por "João". João é um Mestre na arte de se auto-machucar (nos mais variados estilos).
Em meados do último mês, João se viu com a obrigação de ir ao banco pagar algumas contas que estavam por vencer.
"Tudo bem. São só 11 da manhã. Vou tomar um analgésico pra ver se essa dor de cabeça passa, dormir um pouquinho e à tarde vou ao banco." - pensou.
Acordou 10 minutos antes do final do expediente.
Movido pela pressa, pulou da cama, calçou os sapatos, tomou um copo de água, pegou os carnês e foi correndo para a entrada do apartamento. Na ânsia de sair, porém, esqueceu de desviar a cabeça do percurso da porta enquanto a abria. A quina do grande triângulo de madeira atingiu-lhe em cheio na testa, abrindo um corte e imediatamente fazendo o sangue tomar conta de seu rosto.
Resultado: a dor de cabeça voltou e João não escapou dos juros.

Como bem se pode ver, auto-machucar-se é uma virtude natural a poucas pessoas. E, na maioria dos casos, é uma virtude nociva à saúde. É preciso, contudo, reconhecer-se também o outro lado desta inata habilidade: há sim algo de bom na vida dos "automachuquistas". O próprio João, por exemplo, depois do acidente com a perigosíssima porta de casa - que lhe rendeu uma pequena cicatriz logo acima do supercilho esquerdo -, começou a pagar todas as contas com antecedência. Assim, além de filas, incômodo e desperdício de dinheiro, ele passou a evitar novas cicatrizes...

Sangue do meu sangue

Suas mãos tremiam enquanto tentavam manter o peso da arma. Do cano a fumaça do último tiro disparado ainda não se havia dissipado completamente. Seus olhos, semicerrados, traduziam o desespero.
- Por quê? Por que você teve que vir até aqui, me assombrar? Tudo seria mais fácil se você tivesse ficado em seu lugar, morto como estava!
As palavras que pulavam de sua boca davam a falsa impressão de calmaria. O tom, contudo, não se esforçava por esconder a agonia de seu peito.
- Você não devia estar aqui! Você não existe! Você nunca existiu! NUNCA...
Finalmente os dedos se rendem e deixam a arma cair. Ninguém dá atenção ao ruído do metal atingindo o piso tingido de sangue.
- Você está morto! MORTO! - grita para o homem em quem acabara de acertar um tiro.
Era seu filho, que lhe dirigiu poucas palavras. Não por raiva, não por ódio. Ela lhe havia dado a vida. Por essa razão - ele entendia -, tinha o direito de tirá-la quando bem entendesse.
- Não mãe... Eu não estou morto... Simplesmente porque eu... nunca estive vivo.
Ele poderia ter-lhe dito algo mais. Se não o fez, foi apenas porque não havia tempo para mais nada.

Na Madrugada

Vinham caminhando solitários. Cada qual em seu caminho. Os sentidos eram inversos. De cabeças baixas, quase se cruzaram sem perceber. Sorte haver ali uma esquina que os obrigou a levantar os olhos. Assim, de surpresa, encontraram-se numa madrugada qualquer.
E madrugada adentro avançaram, entretidos com a conversa. Tão ocupados estavam com as gargalhadas que não viram o dia chegar. Mas ele chegou. E, quando deram por si, já seguiam caminhos distintos. Um indo, outro vindo.
Fora uma agradável madrugada...