Este é o termo que, no Japão, designa as vítimas das bombas de Hiroshima e Nagasaki, que devastaram as cidades e dizimaram milhares de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial.O bombardeio americano decretou o início do fim do conflito. Mais do que isso, escreveu com sangue e dor um capítulo negro na História da humanidade. O saldo do maior atentado a civis já feito exibe uma quantia que gira em torno de 250 mil mortos.
Até os dias atuais, muito do que se sabe sobre o acontecido deve-se aos relatos dos sobreviventes ou às informações que nos foram passadas por livros, revistas e jornais. Em sua maioria, informações textuais, sem muitas imagens que pudessem ilustrar a situação e ajudar-nos a recriar mentalmente com exatidão a extensão dos estragos.
Esse "silêncio visual", se assim podemos denominá-lo, é um eco que se propaga através dos tempos, por incrível que pareça, como resultado do ocorrido mais de 6 décadas atrás. Sua razão? As Forças de Ocupação americanas impuseram forte censura a um Japão derrotado, proibindo "tudo que pudesse, direta ou indiretamente, perturbar a ordem pública". Por meio desta medida, ficou proibida a publicação de toda e qualquer foto dos bombardeios.
As imagens permaneceram classificadas como "top secret" por vários anos. Apenas raramente uma ou outra surgia na mídia, mostrando um lado horripilante da crueldade humana. Jamais se pôde montar o completo cenário do extermínio, talvez porque isso, antes de tudo, representaria a assumibilidade da culpa e o reconhecimento da própria Humanidade por seus erros e crueldades.
IMAGENS
A foto acima mostra os degraus de pedra de um banco, onde uma pessoa foi incinerada pelo calor dos raios da explosão. Homens, mulheres e crianças foram incinerados ou paralisados instantaneamente em sua rotina diária. Seus órgãos cozinharam por dentro e seus ossos se transformaram em pedaços de carvão.A fotografia mostra o olho de uma vítima que desenvolveu um tipo agressivo de catarata devido à explosão.A radiação atingiu milhares de pessoas num raio de quilômetros ao redor do "ponto zero". Na tentativa de curar os feridos, os médicos aplicavam injeções de Vitamina A. Os resultados eram horríveis. A carne começava a apodrecer a partir do buraco da agulha e em todos os casos a vítima morria.
O resultado dos ataques podem ser resumidos pelas pilhas de ossos que se formavam em todos os cantos das duas cidades.
Mesmo os sobrevivente sofreram durante anos a fio, tanto com os resquícios de radiação quanto pela pobreza, pela destruição e pela falta de recursos que devastaram suas vidas.
Todos os relógios encontrados no "ponto zero" pararam às 8:15 da manhã, hora da explosão.
Você pode encontrar mais fotos e outras histórias desse fatídico episódio neste site.
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