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31.5.06

8 X 0 (mas deu para empolgar?)

Ontem pudemos acompanhar ao vivo o jogo-treino (chamar de "amistoso" seria um tanto exagerado!) do Brasil contra o time de Lucerna (campeão suíço da segunda divisão). Apesar dos elásticos 8 a 0, a partida serviu para, além de evidenciar o fato de o selecionado de Parreira ainda ter sérios problemas, trazer à tona dúvidas que desde sempre nos acompanham:

* O ataque deu provas de que está bem. Mas continuará assim quando enfrentar equipes de capacidade técnica equivalente à sua?

* Será que jamais conseguiremos acabar com as falhas e os buracos na zaga? (Este talvez seja o maior desafio, já que os problemas da nossa retaguarda parecem estar diretamente ligados à, digamos, "falta de qualidade técnica" dos responsáveis por aquele setor...)

* Conseguiremos evitar o ataque cardíaco sempre que o Lúcio pegar na bola?

* Quem deu permissão pro Lúcio subir ao ataque? (alguém sabe o telefone do Parreira? Como bom compatriota me vejo na obrigação de alertá-lo para algums coisas que ele não deve conseguir enxergar...)

* De quem foi a idéia de convocar o Lúcio?

* Ele (Lúcio) não deixa todo mundo com saudades do Júnior Baiano?

* Chamar o time do Flamengo para este amistoso não teria sido mais proveitoso? (afinal de contas, habilidade por habilidade, o "esquadrão rubro-negro" - por enquanto! - sobrevive na primeira divisão)

* Será que a CBF ainda pensa que o povo acredita na desculpa de que os interesses envolvendo um "jogo-treino" contra a "seleção" de Lucerna são puramente devido à intenção de não forçar em demasia nossos jogadores (evitando contusões mais graves a poucos dias do início da Copa) e que não têm nada a ver com objetivos econômicos (entenda-se: lucros!) da Confederação?

* Alguém vai sentir falta do Edmílson? (será esta a única passagem da onda de contusões, que está desfalcando seleções de vários países, por Weggis? Tomara!)

* Ronaldo, o Fenômeno, pode ser considerado um fenômeno "de peso". Os roupeiros da seleção não deveriam dar-lhe uma camiseta um número maior? (pelo menos assim seria mais fácil esconder a barriga! Felizmente esse aparente "excesso" parece não estar influenciando em nada na habilidade do jogador. O preparo físico, bom, esse ainda temos bastante tempo para trabalhar até o dia 13...)

* Dida estava em campo? Como foi sua atuação? (Não lembro de tê-lo visto...)

E, finalmente, a pergunta que não quer calar: de que planeta veio o Ronaldinho Gaúcho???

Esta questão, no entanto, não surgiu por causa do jogo de ontem, e sim por causa de um lance protagonizado durante os treinos de segunda-feira... Podem tentar me convencer de todas as formas, mas eu ainda acredito que alguém que consiga dar uma cambalhota sem deixar a bola cair de seus pés só pode ser um alienígena!!!

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Voltaire

"Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres."

(Graças à uma Louca Paixão...)

29.5.06

Já que o assunto é Super Bonder...

A Henkel Loctite, empresa que produz o Super Bonder, tem sua conta de publicidade sob responsabilidade da agência DM9/DDB de São Paulo desde 1998. Durante estes 8 anos de parceria, muitas ações de marketing e peças publicitárias de criatividade premiada foram desenvolvidas.

Os dois anúncios de mídia impressa a seguir são de clareza e criatividade ímpares, sendo diretos a ponto de transmitir a principal característica do produto (o alto poder de fixação) sem utilizar-se de uma palavra sequer. São anúncios baseados unicamente no conceito mais literal de "comunicação visual".


Em meados de 2005 a agência criou o primeiro “Reality Show” da propaganda brasileira. Premiada com o Grand Prix de Internet no Festival de Cannes, a ação de marketing viral consistia em um monitor, que pesava 11 quilos, colado na parede da agência, a 1,65m do chão, com apenas 0,3g de Super Bonder. A ação durou exatos “132 dias 11 horas e 31 minutos”, antes do monitor se soltar da parede e cair no chão.

Quem visitava o site podia deixar uma pequena mensagem (máximo de 15 caracteres), que logo depois aparecia na tela do monitor colado na parede da agência, sendo assim transmitida para todos que estivessem on-line naquele momento. Além disso, o internauta podia acessar o making of da iniciativa, para se certificar de como o monitor foi parar ali.

E, para finalizar, uma peça que tem tudo a ver com o momento de expectativa pelo qual todo brasileiro (e demais compatriotas da "Nação Futebol") está passando. O vídeo entitulado "Goleiro" (premiado com o Leão de Bronze no Festival de Cannes em 2004), mostra de forma hilária a "excepcional" idéia de um goleiro para não tomar mais gols de pênalti (este filme nos faz imaginar... não seria realmente maravilhoso se ali pelo dia 9 de julho, numa hipotética final Brasil x Argentina, essa mesma idéia passasse pela cabeça de Abbondanzieri, goleiro da seleção celeste?). Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo.

(Muito obrigado pela dica, Susan!!!)

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Dúvida

Em um domingo como tantos outros, abro a geladeira e encontro ali dentro uma dúvida que me acompanha já há alguns anos: o costume de guardar o Super Bonder na geladeira surgiu por ser uma indicação dos próprios fabricantes do produto ou simplesmente porque alguém, em algum momento, levou muito a sério a recomendação de "manter esse produto fora do alcance das crianças"?

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Googleniana - V ("Elementar, meu caro Watson!")

Homenagem ao aniversário de Sir Arthur Conan Doyle, escritor britânico criador de personagens de sucesso (como o detetive inglês Sherlock Holmes e seu "elementar" parceiro, Dr. Watson).

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27.5.06

Pencilmation

Se você ainda se sente menosprezado, inferiorizado, discriminado, posto de lado ou se simplesmente se irrita por reconhecer que seus dotes artísticos não o deixam ir muito além dos bonecos do tipo "palitinho", dê uma olhada no site Pencilmation.com.

Depois de conhecê-lo, você certamente passará a pensar 2 vezes antes de dizer que seus desenhos só servem mesmo para o jogo da Forca...

(Fica a dica para a animação "Pencilmation II". É simplesmente hilária!!!)

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25.5.06

Googleniana - IV (Jogos Olímpicos de Inverno - Turim 2006)

Para relembrar, algumas artes apresentadas durante as Olimpíadas de Inverno (neste ano disputadas em Turim, na Itália). Cada uma delas representa um momento/esporte envolvido na competição:

*Abertura

* Snowboarding


* Patinação Artística (Duplas)


* Luge

* Patinação de Velocidade

* Salto com Esqui

* Esqui freestyle

* Curling (um tipo de bocha sobre o gelo)

* Esqui Alpino (slalon)

* Patinação Artística (Individual)

* Hockey

* Encerramento

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Food Crash Test

Eis aqui um bom exemplo do que é "pensar no novo". Alguém já tinha visto utilizarem comida num comercial que vende carros?

Foi exatamente isso que fez a agência alemã Nordpol Hamburg neste comercial para a fabricante Renault. A idéia principal do filme (premiado com Ouro no The One Show 2006, Ouro no Golden Award of Montreux 2006 e Ouro no Art Directors Club Deutschland 2006) é mostrar que os carros franceses são mais seguros que os demais. Para tanto, a estratégia utilizada foi... um teste de impacto com comida. O mais genial dessa propaganda é o fato de os conceitos estão todos ali subentendidos; nada fica escancarado. Num primeiro momento o vídeo parece não passar de um amontoado de maluquices sem razão de ser. Depois de um olhar mais atento, no entanto, ele passa a ser entendido como um perfeito exemplo de non-sense que faz todo o sentido.

Assista o vídeo "Food Crash" da Renault.

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Copadilhos - by Antero Greco

Eles sempre estiveram ao nosso redor, esperando uma mente fértil para lhes dar vida e uma boca descontrolada para oferecer-lhes a liberdade. Os famosos trocadilhos fazem parte de nossa vida cotidiana. Numa época como esta, tão propensa a comentários pontuais acerca de um mesmo tema, esses amiguinhos se proliferam de forma indiscriminada, dando origem a uma nova espécie: os chamados "copadilhos" (trocadilhos que falam sobre a Copa do Mundo).

Ligeiros, concisos, exatos, imediatos, adornados com um inocente quê de "inteligência non-sense", os copadilhos arrancam sorrisos amarelos de canto de boca em todos os lugares por onde passam. Pseudo-intelectualóides, pessoas que não se permitem usufruir daquele humor livre e sem cobranças do senso comum, certamente os recriminam. Mas, e daí? Quem se importa?

Seria, no entanto, uma heresia falar dos copadilhos se não fizéssemos referência a uma das maiores autoridades no assunto: o jornalista Antero Greco, do canal ESPN Brasil. Para ilustrar sua grandeza quando o assunto são os troca/copadilhos, temos aqui um belo exemplo com o qual Antero presenteou os telespectadores do programa Linha de Passe na última segunda-feira:

Como todos sabem, desde o começo desta semana a Seleção Brasileira de futebol já está se concentrando em Weggis (lê-se "véguis" - embora a pronúncia "vékis" também esteja sendo bastante difundida nos meios de comunicação), pequena cidade aos pés dos Alpes Suíços. Quando, ao final do programa, o insuperável Antero Greco foi incitado a fazer seus comentários finais, o às das tiradas infames brindou-nos com essa pérola: "Se você quiser maiores informações sobre a Seleção Brasileira, naWEGGIS no site da ESPN Brasil!".

Diante de tamanha prova de competência (CLAP! CLAP! CLAP! Até agora, ao me lembrar, sinto cãibras no estômago de tanto rir!), só podemos desfrutar o megalomaníaco sorriso que toma conta do canto esquerdo de nossos lábios enquanto, admirados, curvamo-nos em reverência de infinito respeito, entoando a plenos pulmões uma ovação mais do que merecida: "Salve, salve Antero Greco - ó Rei dos Trocadilhos!!!!".


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23.5.06

Algumas coisas nunca mudam

O tempo passa, o mundo dá voltas, a vida se transforma, mas certas coisas continuam sempre as mesmas. Elas podem até permanecer latentes por algum tempo, assim escondidas dentro de nós, mas nem por isso deixam de existir.

As paixões, em geral, são assim. Quando acontecem, são intensas. De tão intensas, elas terminam. Até o momento em que elas voltam a despertar, provando não terem terminado, mas sim entrado em um período de dormência. Não me refiro aqui às paixões que têm outra pessoa como foco. Não, não. Essas obedecem uma mecânica completamente diferente - tanto que até hoje ninguém foi capaz de explicar de forma pontual como ela se dá.

As paixões a que me refiro são essas paixões mais inocentes, aquelas que têm muito mais a ver com uma época da nossa vida do que com outras pessoas. Colecionar figurinhas de chicletes, tampinhas de refrigerante, cartões telefônicos, tomar banho de chuva (sem se preocupar com as conseqüências), aproveitar um fim de semana jogando video-game na sala, enterrado debaixo de uma montanha de cobertores. São tantas as paixões - tão comuns na infância - esquecidas com o passar do tempo que não é de se espantar o fato de, vez ou outra, redescobrirmos algumas delas assim por acaso. Neste ano, certamente, muitas pessoas redescobrirão uma antiga paixão, deixando-se levar pela alegria de um conhecido passatempo: o álbum de figurinhas.

Há quem considere álbum de figurinhas coisa de crianças. Esses têm toda razão! Os álbuns, com seu aspecto de brincadeira, ensinam muito para os pequenos. Ensinam a como ser um bom negociador, ensinam a ter organização, ensinam a criar e respeitar limites (a compra de figurinhas pode se tornar um vício caso não se crie limites!), além de trazer conhecimento e cultura às crianças (exemplo? De que outra forma uma criança de seus 8, 9 anos poderiam aprender a falar "Brasil" em 5 línguas diferentes e conhecer cidades da Alemanha a não ser através das páginas coloridas de um álbum de figurinhas da Copa do Mundo???).

Ainda assim, talvez seja mais para os adultos do que para as crianças que esses álbuns tenham maior importância. Porque, para quem já cresceu, esses livrinhos coloridos representam a possibilidade de voltar a ser criança, revivendo uma paixão que em outros tempos já foi mais forte do que tudo.

- Também entrei nessa onda. Meu álbum vai bem, obrigado! Quem se interessar em fazer o escambo de figurinhas, entre em contato. Afinal, todo esforço é pouco para completar esta que será, independentemente dos resultados, uma ótima lembrança do Mundial da Alemanha! -

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22.5.06

As peripécias do Sr. Orkut (ou "Meu EU já não me pertence")

Existe um novo fênomeno que vem recrutando cada vez mais adeptos ao redor do mundo com seu "efeito bola de neve": a perda de identidade! Esse movimento, facilmente extendido a qualquer pessoa que tenha um computador conectado na internet, não é difícil de ser percebebido.

Tudo começa num dia normal. Você liga o computador, conecta-se na internet, entra nas páginas do Orkut (por si só um outro fenômeno de audiência!) e, quando menos espera, assim mesmo de repente, percebe que sua caixa de mensagens está cheia de recados de seus conhecidos, todos eles dizendo praticamente a mesma coisa, comentado sobre as fotos daquela festa que não conseguiram ver, sobre um novo site, uma promoção imperdível ou até mesmo falando sobre os vírus que você anda espalhando por aí. "Vírus que eu ando espalhando por aí?" - você se pergunta. E nesse momento você se dá conta que, sem querer, já entrou para o intricado sistema organizacional desse movimento.

No início é a surpresa. Depois, as coisas começam a fazer mais sentido. Por último, só o que resta é a indignação e a certeza de que seus dedos ainda terão que digitar muitos pedidos de desculpa (todos eles pedindo remissão por algo que você nem sabia ter feito).

Qualquer pessoa que tenha uma vida virtual, por mais recata que seja, corre o risco de se ver envolvida nesse fenômeno. "E não há nada a ser feito para evitar esse perigo?" - perguntam alguns. Sim! Existem várias medidas que podem ser tomadas. No entanto, muito provavelmente as medidas tomadas hoje não serão suficientes para garantir sua segurança amanhã. Porque a vida está cheia de indivíduos mal intencionados e invejosos, todos eles dispostos a tudo por uma chance de assumir sua identidade para disseminar as idéias deles através de sua boca.

É claro que em situações como esta, nosso orgulho agradece! (Até porque, de uma forma até meio sádica, certamente todos ficamos contentes por saber que, em algum lugar, existe alguém cujo sonho é se tornar essa pessoa que somos!)

No mais, o jeito é aproveitar o ano de Copa do Mundo e tocar a bola pra frente...

P.S.: Durante a última semana o Sr. Orkut nos pregou essa peça. Por isso, enquanto ainda nos esforçamos para enviar todos os pedidos de desculpas que devemos, vale deixar aqui um registro: se algum dia o Verberróide começar a tratar de assuntos tão importantes como a reprodução das lesmas albinas do Triângulo das Bermudas num ambiente artificial de micro-intensidade desenvolvido por pesquisadores mancos da América do Sul em detrimento aos avanços tecnológicos do Primeiro Mundo, ou se algum dia falarmos qualquer coisa boa em relação ao Clube de Regatas Vasco da Gama, vocês podem ter certeza: também aqui nossa identidade foi perdida!

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20.5.06

Googleniana - III

As artes - bem como a dica de um site muito interessante onde podem ser encontradas outras pérolas; site a que futuramente estaremos recorrendo - foram enviadas pelo nosso efusivo colaborador Arturo O. Bandini - líder da trupe dos Bandini.

Valeu Arturo!!!

* Uma nova forma de ver o mundo (pessoalmente essa arte me pareceu bem simpática). Google em braile:




* "Feliz 2006":


* "Eu tenho um sonho!" - Martn Luther King´s Day (terceira segunda-feira do mês de janeiro - EUA) :


* Para os ouvidos:

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Abre aspas...

... para falar de um assunto pessoal.

Ainda sou daquele tipo de pessoa que consegue ficar feliz com as pequenas coisas da vida. Como, por exemplo, o fato recém descoberto de que as coxas do Roberto Carlos (o jogador de futebol, não o cantor) são apenas 10 cm mais desenvolvidas que as minhas!!!

Tudo bem, 10 cm já são 10 cm. Pode até ser uma diferença considerável, mas para alguém que vive às voltas com o fato de ter pernas tão grossas quanto as de um sábiá, 10 cm é a distância exata que separa a felicidade de (mais) um trauma psicológico incurável!

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Clio Awards 2006 (extra!)

Você sabe aquele sentimento de completa estupefação, geralmente acompanhada por uma sensação de paralisia e total falta de fôlego que fica pairando no ar depois de vermos um filme cujo rumo se inverteu completamente e nos apresentou um desfecho totalmente novo e inesperado?

Esse filme da JWT pra o Movimento Desarmamento Total Já ficou com o Bronze, mas bem que poderia ter levado o Ouro...

Concordam?



Assista o vídeo "Crianças"

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19.5.06

Clio Awards 2006 (parte 2)

O destaque do festival deste ano fica por conta da agência Wieden + Kennedy, de Londres. Este é o terceiro ano consecutivo que a agência conquista o prêmio Grand Clio da categoria Televisão, com trabalhos em cima do conceito "Power of Dreams", da Honda.

Este ano os responsáveis pelo título foram os comerciais "Choir", "Impossible Dream" e "Dreams". Ano passado, a vitória foi com o arrasador "Grrr" e, em 2004, com "Cog".

Clique na imagem para assistir o filme "Choir"





Clique na imagem para assistir o filme "Impossible Dream"



* No site da agência (apresentado no início do post) você encontra outros trabalhos desenvolvidos pela WK para a Honda.

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Clio Awards 2006 (parte 1)

O Brasil conquistou 10 prêmios na 47ª edição do Clio Awards, festival que aconteceu em Miami (EUA), entre os dias 13 e 16 de maio. Foram 2 Ouros, 3 Pratas e 5 Bronzes. JWT e AlmapBBDO encabeçam a lista de prêmios das agências brazucas (com 3 condecorações cada), seguidas de perto por F/Nazca e DM9 (2 prêmios cada).

Confira os prêmios:

* OURO

- Categoria "Outdoor": F/Nazca, com a peça "See-Through" (os títulos serão aqui mostrados na versão em que foram inscritos no festival), para SOS Mata Atlântica

- Categoria "Internet": DM9, peça "Run" para Companhia Atlética


* PRATA

- Categoria "Internet": DM9, "Just in Time" para Fedex

- Categoria "Mídia Impressa": JWT, "Stuart Sutcliffe" para Kleenex

- Categoria "Pôster": AlmapBBDO, "Suicide" para Revista Veja


* BRONZE

- Categoria "Pôster": AlmapBBDO, "Faith" para Revista Veja

- Categoria "Mídia Impressa": AlmapBBDO, “Victory” para Revista Veja

- Categoria "Pôster": F/Nazca, "See Trough” para SOS Mata Atlântica

- Categoria "TV/Cinema": JWT, "Children" para Movimento Desarmamento Total Já

- Categoria "TV/Cinema": JWT, "Jinxed" para Kleenex


(A lista completa dos vencedores pode ser vista no site oficial do Festival)

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18.5.06

Cenas do cotidiano

Era inverno. Ele estava sozinho. Era quarta-feria, dia de futebol na TV. "O que fazer?" - pensou. "Pipoca? Não. Muito comum. Pipoca é pro verão". A resposta lhe veio quando avistou uma bacia tampada ao lado dos vidros de biscoito: pinhão! Uma panela de pinhão, um copo de vinho, sala, colchão no chão, uma coberta, que poderia haver de melhor? Claro que ele não era um grande amigo das artes culinárias. Talvez por isso tenha domorado para encontrar o lugar onde ficavam as panelas (sua esposa nunca se preocupara em explicar-lhe mistérios como este). Escolheu o tipo de panela que mais se adequava à sua necessidade.

Enchê-la de água, adicionar sal e acrescentar as preciosas iguarias não foi muito difícil. Acender o fogo e espera 30 minutos até ficar tudo cozido, tampouco. Na verdade, o único problema que teve foi na hora de... abrir a panela. Porque todo mundo sabe, "essas panelas de pressão têm uma tecnologia praticamente de outro mundo"! Ele destravou o cabo e pôs a tampa para dentro da panela (como vira uma vez num desses programas de culinária que passam na TV). Ele puxou. A tampa não saiu. Puxou outra vez. Nada. Ela estava trancada. Só lá pela quinta vez em que tentou sacar-la com um puxão - quando já pensava em quebrar a panela - percebeu que, talvez, a tampa estivesse presa. Ligou para a esposa. "Alô? Amor? Tenho um problema sério! Não... não... Está tudo bem comigo. Quero dizer, quase... Você sabe aquela panela de pressão? Pois então, como faço pra tirar a tampa?". A gargalhada ouvida do outro lado da linha talvez fosse uma medida de quão ridícula era a situação. Ele se irritou. Desligou o telefone. Decidiu continuar tentando sozinho. Tentou por mais uns 20 minutos - na TV, o jogo já havia entrado em seu segundo tempo. Puxou, repuxou, retorceu, acendeu o fogão mais uma vez (lembrando-se das contraçõs e expansões aprendidas nas aulas de física), girou, deu voltas, tentou passar sabão nas extremidades... nada adiantou. No desespero, pegou uma lixa e começou a limar uma das bordas da panela de alumínio. Com a borda lixada, então, conseguiu arrancar a tampa. Sucesso, enfim!!!

Pena que, de tanto esforço, a vontade que tinha de comer pinhão desparecera completamente. Em seu lugar, apenas o cansaço. Largou tudo em cima da pia, e foi para o quarto. Sem pinhão, sem vinho, com o orgulho esfacelado por aquela invenção que certamente só poderia ser coisa de outro mundo: realmente odiava panelas de pressão!

Ele foi dormir.

E nunca mais tocou nesse assunto.

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17.5.06

Eles também erram

Duas semanas atrás, pelos corredores da faculdade, ouvi 2 alunos de Comunicação Social numa conversa que seguia mais ou menos assim: "Você viu aquele anúncio do Produto X?". "Vi". "Foram os caras da ABCD que fizeram.". "Não gostei dele. Acho que ficou muito fora do conceito que eles se propuseram a passar com a peça". "O que? Você tá louco!!! A ABCD é agência de nível internacional, já levou até Leão em Cannes!!". "E daí?". "Como você pode dizer que eles erraram?".

Esse fragmento de conversa comprova um dos grandes problemas do mercado profissional: o complexo de inferioridade. Esse complexo é muito comum de ser notado em ambientes profissionalizantes (universidades, cursos técnicos, oficinas, etc. etc.) e em mercados de menor expressão. No breve diálogo acima citado nota-se muito claramente a presença desta condição: o fato de determinada agência ter reconhecimento internacional por seu trabalho tornou-se, para um dos alunos, sinônimo de perfeição absoluta, "engessando" o senso crítico do acadêmico, impedindo-o de sequer cogitar a possibilidade de encontrar falhas nos trabalhos desenvolvidos pela agência.

Este vídeo da Saatchi & Saatchi feito para a associação de luta contra a AIDS National Aids Trust, por exemplo, demonstra que também quem já é "peixe grande" não está vacinado contra a humana natureza dos delizes. Quem acompanha o Verberróide sabe que algumas vezes esta mesma agência já teve trabalhos - todos de merecido destaque e evidente qualidade - expostos aqui. Neste caso, no entanto, a realidade é outra. Apesar de ter uma fundamentação bem embasada, com um conceito bem definido, o vídeo talvez perca sua força por pequenos erros de produção. Refiro-me, primordialmente, à trilha sonora que serve de pano de fundo. Não que compactuemos com a opinião que todos os temas sérios devam ser tratados com melancolia e um sorumbático senso de realidade. Nada disso. Sou, na verdade, um ferrenho defensor do "think outside the box", do "pensar no novo". Este filme, todavia, parece não ter logrado muito sucesso na intenção de tratar a AIDS com um quê de humor. A mensagem que se transmite, apesar de séria, acaba se perdendo. Ao final, é quase como se o telespectador ficasse em dúvida se essa campanha é real ou se não passa de uma brincadeira.

Assistam o vídeo "Homem Invisível" e tirem suas próprias conclusões.

Ah, só mais uma coisa: seja qual for a conclusão a que vocês chegarem, lembrem-se, por favor, de sempre, repito: SEMPRE, lutarem contra essa complexo de inferioridade!!! Porque só conhece o verdadeiro sucesso aquele que consegue, de uma vez por todas, se livrar desse mal!!!

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Googleniana - II (Jogos Olímpicos 2004)


Google marcando presença na abertura dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.

Dica enviada por Dani Martins. Obrigadão, Dani!!!

(Se você já se admirou com as artes do Google a ponto de copiá-las só para poder admirá-las mais tarde, contribua com a Galeria Googleniana. Todas as contribuições serão muito bem-vindas e terão espaço por aqui.)

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Pearls Before Swine

Porco: Olá. Vim aqui para ser um doador de órgãos. Atendente: Ótimo. Apenas preencha estes formulários.
P: Quanto vai demorar? A: Para preencher os formulários?
P: Para dar meus órgãos pra vocês. A: Nós... esperamos até que você morra.
P: Isso pode demorar um pouco.

Certo dia, enquanto fazia o tempo passar perdido entre as estantes de uma biblioteca, conheci uma turminha muito interessante. Um tanto excêntricos, é verdade! Mas totalmente engraçados! Rato, um rato megalomaníaco e estressado que se acha uma fonte inesgotável de sabedoria, um porco chamado Porco que é docemente ingênuo e naturalmente cômico, a zebra Zebra e um bode chamado Bode: estes são os personagens principais dessa trupe capaz de arrancar boas gargalhadas com suas discussões sobre os rumos da humanidade, as divagações sobre a vida numa tirinha de jornal ou simplesmente por suas trapalhadas inocentemente absurdas.

Se você também quiser conhecê-los, procure-os na prateleira reservada aos quadrinhos. Geralmente Rato, Porco, Zebra e Bode estão por ali, junto aos livros dos demais personagens de tirinhas de humor, não raramente envolvidos em calorosas discussões com Calvin, Hobbes, Mafalda, Charlie Brown, Snoopy, Dilbert, Radicci, Garfield e Haggar - o Bárbaro.

E, antes que me perguntem, para ser mais fácil localizá-los, eles atendem pelo nome de "Pearls Before Swine" (nome que seu criador, Stephan Pastis, retirou de uma passagem do Novo Testamento). Pode ter certeza que eles lhe proporcionarão momentos de pura diversão!!!

Boa leitura!


Bode: Nossa... Esse cara sentado atrás de você não pára de falar no celular. Homem no celular: ... e o... blábláblá... prefeito disse... blábláblá... então eu disse pro indivíduo... blábláblá... você sabe... blábláblá.
Rato: MORRA! MORRA! MORRA! MORRA MALDITA ESCÓRIA DE CELULAR, MORRA!!!
R: Era a coisa certa a se fazer.

P: Você sabe, vizinho Bob, eu acho que nunca conheci seu pai. Bob: Bom, Porco... receio que meu pai esteja lá em cima, olhando por nós aqui embaixo...
Pai de Bob: Olá.
P: Aquilo foi meio assustador.

(Para conhecer os outros personagens de quadrinhos que já passaram pelo Verberróide, clique aqui.)

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15.5.06

Esquadrão Canarinho

Agora é oficial! Entramos na reta final para a Copa do Mudo. Faltam ainda 25 dias para a estréia da Seleção Brasileiro nos gramados alemães. Ainda assim, o chute inicial foi dado na manhã desta segunda-feira (15/05), no Rio de Janeiro, quando o técnico Carlos Alberto Parreira anunciou o nome dos selecionados que estarão na Alemanha defendendo as cores de nosso escuto, encantando o mundo com a magia do futebol brasileiro.

Eis a lista completa:

GOLEIROS
Dida (Milan)
Júlio César (Internazionale)
Rogério Ceni (São Paulo)

LATERAIS
Cafu (Milan)
Cicinho (Real Madrid)
Gilberto (Hertha Berlim)
Roberto Carlos (Real Madrid)

ZAGUEIROS
Cris (Lyon)
Juan (Bayern Leverkusen)
Lúcio (Bayern Munique)
Luisão (Benfica)

MEIO-CAMPO
Edmilson (Barcelona)
Emerson (Juventus)
Gilberto Silva (Arsenal)
Juninho Pernambucano (Lyon)
Kaká (Milan)
Ricardinho (Corinthians)
Ronaldinho Gaúcho (Barcelona)
Zé Roberto (Bayern Munique)

ATACANTES
Adriano (Internazional)
Fred (Lyon)
Robinho (Real Madrid)
Ronaldo (Real Madrid)

- E para já irmos fazendo um aquecimento, aqui vão 2 vídeos que nos lembram das grandes conquistas do passado:

O memorável gol de Pelé - um garoto de, então, 17 anos - contra a seleção do País de Gales, em 1958, na Copa da Suécia. Com esse gol o mundo começava a se curvar diante da técnica, da habilidade, da força e da magia do futebol brasileiro. E nós caminhávamos a passos largos para trazer o primeiro título mundial para casa.

Os melhores momentos da final da Copa do Mundo de 2002, contra a Alemanha. Jogo inesquecível, emocionante do começo ao fim, digno da única seleção pentacampeã mundial!


PRA FRENTE BRASIL!!!
FORÇA RUMO AO HEXA!!!

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Dia das Mães em alta velocidade

Tudo bem que o Dia das Mães foi ontem, mas uma idéia tão bem sacada não poderia passar em branco.

É um cartaz criado pela MatosGrey para a Harley-Davidson para celebrar a data. A imagem mostra duas mãos empurrando um carrinho de bebê, mas com a empunhadura de quem dirige uma moto. A criação é da dupla Ricardo Sarno e Joanna Gessi; direção de criação de Silvio Matos e Leandro Castilho.

- Não consegui ler o que a chamada diz. Se alguém conseguir, dê um alô que a gente publica aqui! -

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14.5.06

Googleniana

Obviamente não é por acaso que uma empresa atinge o topo. Por certo, para chegar a este posto, é necessário ter um (melhor se forem vários!) diferencial em relação a todos os concorrentes.

Quando se visita as páginas do Google, o mega-gigante da internet, pode-se ter idéia da razão pela qual, no ano passado, ele foi aclamado como a empresa/marca de maior valor agregado dentre todos os segmentos de mercado. Certamente vários são os fatores responsáveis pelo crescimento quase homérico da empresa (dentre eles podemos citar a variedade cada vez mais acentuada de programas oferecidos, a rapidez disponibilizada num meio tão ágil quanto a internet e a ampla cobertura do sistema Google de busca, só para ficarmos nos exemplos mais óbvios).

Há, no entanto, um fator que, apesar de ser a característica mais notável do Google, muitas vezes passa despercebido. Esse fator sempre vem ao nosso encontro quando acessamos sua página principal. Estamos falando, basicamente, do estilo up-to-date das artes do site. Como já disseram especialistas no assunto "o Google não deixa passar nada". Seja em eventos esportivos - como as Olimpíadas de Inverno e, futuramente, a Copa do Mundo -, seja em feriados e datas comemorativas - o Dia das Mães já serve como exemplo - ou então nas páginas internacionais, o Google sempre encontra uma forma divertida de associar seu nome à data/tema em questão, estilizando o momento pelo qual se está passando.

Por essa razão, por estar sempre "antenado" com o que acontece na realidade, é que o Verberróide decidiu abrir um novo espaço, doravante denominado "Galeria Googleniana"! De agora em diante, sempre que aparecer uma nova arte, linkando o site a uma data, evento ou qualquer outro acontecimento significativo, as peripécias do Google serão expostas por aqui.

Para estrear a galeria, o "selo" comemorativo ao Dia das Mães do Google Brasil:

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Feliz Dia das Mães!

Por mais piegas que isso pareça, ser mãe é, literalmente, padecer no paraíso, exultar num mundo todo próprio, vivendo a felicidade encarnada no fruto de sua própria existência.

Por isso, no dia de hoje, deixamos aqui nossos cumprimentos a todas as mães que, com seu jeito único de ser, assumem um papel de incomparável importância na vida de seus filhos, ensinando-lhes a viver com amor e alegria, vencendo as dificuldades, levantando a cabeça depois das quedas e trilhando seu caminho de sucesso e consquistas por entre o percurso dos dias.

E, como seria inviável dar flores a todas as mães do mundo conforme lhes seria devido, reservamos este espaço para, virtualmente, direcioná-las as mais belas rosas. Que nas ondas da internet a suavidade, a beleza, a formosura e a doçura das pétalas encontrem pouso no coração de todas, e que seu doce perfume deixe à sua frente uma trilha de amor, felicidade, paz e boas energias!!!

FELIZ DIA DAS MÃES!!!


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13.5.06

Moda a preço de sacrifício (parte 2)

Você já deve ter escutado que as roupas dizem muito a respeito de uma pessoa, não é? Pois isso é bem verdade. Em alguns casos, elas dizem que a pessoa é séria. Em outros, que ela tem um espírito aventureiro, ou que é despojada. O mais triste, no entanto, é quando tudo o que essas roupas dizem se resume a uma única palavra: ASSASSINO!

Certamente você já viu muitas campanhas condenando o uso de pele de animais. Mas talvez ainda não tenha visto o delicado processo de extração dessas peles. Caso tenha curiosidade em conhecer a maravilha desse procedimento, assista este vídeo.

Se conseguir assisti-lo inteiro sem sentir enjôo, ódio, raiva, repulsa, revolta, nojo (pela raça humana), tristeza, estupefação nem um grande embrulho no estômago, meus parabéns! Você já deve ter perdido seu coração em algum lugar por aí...

Ah, e quanto à cena imaginada no post anterior, fique tranqüilo! Essas coisas (ainda) não acontecem. Pelo menos não enquanto o uso de pele humana não virar moda.

- Agradecimentos pela dica ao Ramon Kienen, da ONG Força e Equilíbrio, de Jaraguá do Sul/SC!!! -

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Moda a preço de sacrifício (parte 1 - introdução)

Você caminha pelas ruas da cidade. De repente, um estranho pára à sua frente. Num movimento rápido, ele agarra suas pernas e o derruba. Em seguida, sem piedade, bate com sua cabeça um par de vezes contra o duro asfalto. Você começa a sangrar. Apesar da dor, ainda está consciente. Ainda vive. Mas não pode fazer nada. Seu corpo não obedece mais. Você acaba de se transformar num visitante dentro deste saco de carne e ossos. O estranho, então, aproveitando-se de sua situação, saca uma faca e a enfia numa de suas pernas. A faca é velha, não tem muito corte. Você grita! Você ainda vive! Ele começa a rasgar seus músculos, separando a pele das carnes, fazendo-o sangrar. Você quase desmaia. Quem dera houvesse desmaiado. Você ainda está lúcido! Vivo o suficiente para sentir essa dor insuportável percorrendo-lhe todo o corpo. Seu usurpador não se importa com seus gritos. Eles o motivam ainda mais. Sem se importar, ele continua dilacerando seu corpo. Agora não utiliza mais a faca sem fio. Ele apenas puxa sua pele. Ele puxa com força. E a pele vai se desprendendo de sua carne. Você está sendo esfolado. E ainda sobrevive! Gritar já nem adianta. Suas forças acabaram. Mas quando aquele desconhecido faz um último esforço, tentando desgrudar os últimos centímetros de pele, você ainda consegue perceber o sorriso de contentamento no rosto dele. Essa é a última imagem que você tem. Logo em seguida, a dor o domina. E aí então você se rende. Mas essa rendição não é maldita. Antes disso, ela é um alívio. Porque diante de tamanha dor, a morte há muito lhe parecera a única saída. E você fica ali no chão, jogado aos urubus, um pedaço de carne ensangüentado. Você foi esfolado vivo...

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"Minha (nada mole) Vida"

É inegável essa sensação de que os programas da TV aberta brasileira estão ficando cada vez mais parecidos. Até mesmo os seriados humorístico, por mais inovadores que sejam, ultimamente nos deixam com essa impressão de "já vi isso em algum lugar" (e contra isso nem mesmo os títulos mais confusos e estapafúrdios que a mente humana consegue criar são capazes de lutar!).

Tomemos como exemplo a nova (tudo bem! Reconheço que já não é assim tão nova. Mas para que o conteúdo deste post tomasse forma foi necessário um breve período de maturação) atração das noites de sexta-feira (na toda-poderosa Rede Globo). "Minha (nada mole) Vida" deixa no ar essa impressão de que as histórias apresentadas não trazem nada além daquilo já mostrado em tantas outras histórias já vistas nas telas da TV. Nem mesmo o gabaritado trio formado por Luiz Fernando Guimarães, Alexandre Machado e Fernanda Young (considerados os verdadeiros culpados pelo estrondoso sucesso de crítica e audiência de "Os Normais" - sem dúvida uma das melhores sitcoms brasileiras de todos os tempos!), parece capaz de salvar o programa que se baseia no exaustivamente abordado tema "pai separado tenta a todo custo se dar bem em novos relacionamentos enquanto se depara com as lições de moral dadas por seu filho (aparentemente mais maduro e inteligente que ele próprio) e vive às broncas com sua ex-esposa".

A série mostra as trapalhadas e confusões da vida de Jorge Horácio (Luiz Fernando Guimarães), um excêntrico apresentador de televisão (seu programa, "Jorge Horácio By Night", mostra tudo o que acontece nas festas e na vida pessoal das maiores celebridades do momento) que tem a maior facilidade para se meter em todo tipo de confusão. Para metê-lo nas enrascadas, JH conta com a ajuda de sua ex-esposa Silvana (Maria Clara Gueiros), com quem vive em constante pé-de-guerra, e de seu filho Helinho (David Lucas - que, aliás, é a cara do Harry Poter!).

As comparações com "Os Normais" são inevitáveis. Até porque, além do próprio Luiz Fernando, ambos os programas dividem a mesma dupla de roteiristas (Alexandre Machado e Fernanda Young). As semelhanças, no entanto, terminam por aí. Enquanto n´Os Normais as novidades (linguagem, situações bizarras, excentricidades dos personagens, enredos bem costurados, tramas bem armadas) se multiplicavam, essa nova série parece não passar de um aglomerado de antigas receitas de sucesso que foram recauchutadas e estão sendo reaproveitadas (sem muita inovação).

Seria, no entanto, demasiadamente crítico quem dissesse que o programa não pode ser considerado um entretenimento, no mínimo, inofensivo. Porque existem 2 pontos para os quais não podemos deixar de bater palmas. Um deles, como já se era de esperar, é a magistral atuação de Luiz Fernando Guimarães, capaz de arrancar gargalhadas do público apenas com seu gestos e trejeitos. O outro, é a abertura dos espisódios: a dança de Jorge Horácio e Helinho sobre um fundo branco, os dois realizando exatamente os mesmos passos, ao ritmo de uma música leve e descontraída, já é suficiente para conquistar mais algumas boas risadas.

No mais, "Minha (nada mole) Vida" é isso mesmo: um amontoado de clichês, etrecortados por uma ou outra sacada bem feita, que nos deixa com saudade dos tempos em que as noites de sexta-feira eram tomadas pelas maluquices (hilárias) de Rui e Vani, o casal mais "normal" que a TV já viu.


Só nos resta mesmo esperar para ver se essa sensação de "já vi isso em algum lugar" não levará o programa pelo mesmo caminho de sucesso decrescente por onde já conduziu vários de seus predecessores...

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10.5.06

"Dreams of Flying"


Um misto de fantasia e imaginação, a realidade transformada de um jeito mágico, quase como se esse mundo em que vivemos não diferenciasse em nada seus encantos em relação ao "tudo é possível" da Terra do Nunca de Peter Pan. A vida revista, observada por um prisma de ilusão, simplicidade, inocência e alegria: um perfeito faz-de-conta!

Essa breve definição serve para nos apresentar a proposta do trabalho do fotógrafo alemão Jan von Holleben. Através de suas lentes, Jan nos leva a lançar um olhar lúdico sobre a realidade que por tantas vezes se põe tão fria, dura e cruel. Da união de um impecável trabalho de produção com o talento natural do artista que eterniza um instante preciso no tempo, nasceu "Dreams of Flying": um projeto que nos faz viajar de volta ao passado, àquela época perfeita em que éramos livres para acreditar que tudo era possível, desde que nos deixássemos voar nas asas da imaginação.

Vale a pena conferir!!!

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DREAMS OF FLYING

A mix of fantasy and imagination, reality magically transformed, almost like if this world´s enchantments were in no way different from the "everything´s possible" of Peter Pan´s Neverland. Life reviwed, observed over a prism of ilusion, naturalness, inocence and joy: a perfect make-belive!

This brief definition is enough to introduce us to the photographer Jan von Holleben´s work. Throughout his lenses, Jan invites us to launch a different look over this reality that sometimes seems so cold, dark and cruel. From the union of a well-succeded production effort with the natural talent of the artist that eternalizes a precise moment in time, "Dreams of Flying" was born: a project that takes us back to the past, to that perfect time when we were free to believe that everything was possible since we let ourselves live that one-of-a-kind experience that is flying away in the wings of imagination.

Check it out!

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7.5.06

A pergunta que não quer calar: existe "arte" publicitária?

Muitos afirmam de forma convicta que publicidade não tem nada a ver com arte, pois, enquanto a primeira tem fins sobretudo comerciais, a segunda se caracteriza por ser uma forma de expressão ligada unicamente às concepções pessoais de cada artista. Pessoas do meio, leigos, professores, estudantes, amantes da fina arte, simpatizantes da publicidade: essa concepção encontra seguidores de todas as vertentes. Mas será essa afirmação realmente verdadeira?

Certamente não devemos cometer o erro primário de comparar ambas as áres de forma direta. Porque existe sim essa leve diferença entre a "arte pela arte" e a "arte dirigida": enquanto a atividade publicitária obedece a fins específicos, encontrando novas formas de atingir o objetivo ao qual se destina, a arte em si é livre de limites e barreiras, ficando sujeita simplesmente aos sentimentos, idéias, inspirações e ao talento dos artistas.

Ainda assim, será que todo o trabalho que os criativos de uma agência têm para criar peças que consigam transmitir uma mensagem contundente de forma precisa não pode ser considerado um tipo de arte? Afinal, esses criativos, em seus insights, também estão sujeitos às suas próprias idéias, e o sucesso de suas "obras" depende de forma direta das inspirações que guiam suas mentes no momento da criação.

É certo que esta discussão é apenas mais uma das tantas que envolvem o universo da comunicação de massa, angariando defensores de todos os pontos de vista e provocando acalorados bate-bocas. Ainda assim, vale aqui um último comentário: depois de assistir este comercial da Heineken, será que alguém ainda poderá afirmar de forma categórica não tratar-se ele, além de uma peça publicitária, de uma magnífica obra de arte???

- P.S.: Caso não falhe a memória, este vídeo é de 2005. Se alguém puder fornecer maiores informações sobre ele, toda contribuição será muito bem-vinda! -

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Mac vs. PC

A longa batalha por espaço no mercado entre as concorrentes Apple e Microsoft - que compartilham uma extensa história de cooperação, espionagem e disputas - serve de mote para a nova campanha publicitária da Apple.

Essa é uma guerra antiga, quase tão antiga quanto a própria história da informática. Em matéria de intensidade, pode-se dizer que ela se equipara à todas as guerras de marcas líderes (Coca x Pepsi, Bombril x Assolan, Antártica x Skol x Brahma, Embraer x Bombardier, etc. etc. etc.). Tratando-se de popularidade, talvez seja a mais conhecida (sim! E isso é uma profecia: se você é estudante de Publicidade & Propaganda, Comunicação Visual, Design ou de qualquer outro curso semelhante, em algum momento - caso já não tenha acontecido! - você encontrará um professor, geralmente em matérias como "Criação" ou "Layout & Design", que constantemente fará lembrar aos alunos a importância desta disputa, não raramente tomando parte de um dos lados. Não que isso seja ruim! Longe disso! Esse é apenas um fato... que irá acontecer!).

Nessa nova campanha, são pessoas estereotipadas que representam os estilos e as características de cada uma das máquinas. O PC é um indivíduo careta, que usa óculos e paletó de flanela, que sofre com vírus, está sempre "travando" e parece viver com "um pé atrás" no caminho da evolução. Já o Mac, por sua vez, é jovem, descolado, sempre forte, prático e dinâmico; a representação da modernidade em todos os seus aspectos. O PC é a cara do Bill Gates. O Mac é hype.

Com essa campanha, a Apple mantém seu posicionamento de mostrar de forma cômica e caricata os Macs como a alternativa cool aos PCs antiquados e "sem sal".

Assista aos 6 comerciais. (em inglês)

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4.5.06

Nike iD

Para apimentar ainda mais a discussão sobre as novas mídias iniciada no post anterior, aqui vai um exemplo que teve grande repercussão e criou um buzz de relevância em torno da marca.

Esse outdoor interativo da Nike veiculou recentemente na Times Square - a avenida mais famosa de Nova York. Unindo as tendências de interatividade, mobilidade e customização (coisa que, aliás, a Nike faz como ninguém), o outdoor high-tech, criado pela R/GA, levava o conceito Nike iD para as ruas, permitindo que os transeuntes, através de mensagens SMS, criassem seu próprio design dos tênis Nike expostos. Quem participasse ainda tinha a chance de ser sorteado e ganhar o par de tênis customizado.

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O fim das mídias tradicionais... Será?

Com o avanço das informações e o progressivo desenvolvimento das tecnologias, a todo momento cresce o furor sobre uma possível "extinção" das mídias tradicionais (como televisão e revista). Não sem razão, o grupo de pessoas que defendem a tese "exterminista" usa como argumento, além da própria evolução da sociedade - e, conseqüentemente, de suas necessidades - o fato de que o século XXI, nesse início, vem se caracterizando como o século da "interatividade". Dizem que o espaço para a comunicação one way está ficando cada vez mais restrito. As pessoas não querem mais apenas ver, ouvir e ter suas cabeças preenchidas por apelos, pedidos, e tentativas de convencimento. O que elas querem é participar, assumir de forma pungente o papel de parte integrante do processo de comunicação. Assim com afirmam Al e Laura Ries, em seu "A Queda da Propaganda - Da mídia paga à mídia espontânea", a eficácia da propaganda diminui à medida que o volume cresce e os consumidores passam a encará-la como "algo a ser tolerado" (tudo bem que o livro peca pela excessiva importância que confere à RP na construção e manutenção das marcas de sucesso - mas essa já seria uma outra discussão).

Diante do panorama atual, é impossível não dar razão aos argumentos dos "exterminista". Ainda assim, sinto-me incomodado ao ver afirmações do tipo "e tem anunciante que ainda gasta toda verba de marketing em televisão, jornal e revista" em sites voltados à publicidade. Sou da opinião que essa moda da tecnomania, esse princípio de repúdio à forma tradicional de se fazer propaganda, tem, sobretudo, um quê de ufanismo. Da mesma forma que, décadas atrás, não se concretizaram as previsões de que o VHS (e mais recentmente o DVD) acabaria com a magia do cinema, nem de que os e-books transformariam os convencionais livros de brochura em quinquilharias de colecionadores, acredito que a revista, o jornal e a televisão ainda se manterão firmes por muito tempo. Além de acreditar, torço por isso!!! Não só pelo fato de ter uma queda especial por essa "moda antiga" de se fazer publicidade; mas também porque tenho absoluta convicção de que, apesar de corriqueiras, folhear uma revista (nem que seja só para ouvir o barulhinho das páginas sendo viradas), viajar nas ondas do rádio (no ritmo das músicas, deixando a imaginação fluir junto com a voz do locutor) e passar algum tempo diante da TV (nem que seja apenas para dar boas risadas sem compromisso) são atitudes que ainda mantêm o seu charme.

Diante de toda essa discussão, prefiro ater-me a uma única conclusão: as mídias alternativas, ao invés de uma "substituição" do modelo tradicional, representam um upgrade nesse modelo. Ao invés de anular suas predecessoras, elas vêm para somar-se a elas, oferecendo à sociedade moderna muito mais alternativas para o saciar de suas exigências e necessidades.

Mesmo porque, apesar do que crêem alguns entusiastas das "tecnologices", o século XXI ainda não está pronto para romper de vez os laços com o passado.

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3.5.06

Verberróide em 8º

O mês abril terminou trazendo uma surpresa mais do que agradável para todos nós. Após pouco mais de 50 dias participando do certame, o Verberróide conquistou uma posição de destaque entre os sites da internet brasileira. Na votação encerrada no último dia 30, conquistamos o 8º lugar no ranking do Top 30 Brasil na categoria "cultura" no mês de Abril.

Nesse momento de extrema felicidade, gostaríamos de dividir essa alegria com você, amigo leitor, que nos possibilitou alçar esse vôo. Se chegamos a algum lugar, foi somente devido ao seu apoio e ao seu voto de confiança. Para todos que nos ajudaram nessa conquista, fica aqui um MUITO OBRIGADO do tamanho do mundo!

Esperamos poder fazer desse espaço um ambiente cada vez mais agradável, sempre trazendo um conteúdo editorial de primeira categoria, para que, com a sua ajuda, conquistemos méritos ainda mais elevados.

O Verberróide é seu. E aqui, mais do que nunca, você é muito bem-vindo!

Obrigado!!!
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